Em uma de minhas meditações a indicação intuitiva através de meu interno soprou em minha mente: - Seu mestre é Ástrea.
Este fato me ocorreu enquanto praticava algo que chamava profundo relaxamento, totalmente, sozinha ainda sem ligação com qualquer escola de misticismo, snenhuma religião, em momentos que precederam, por volta de meus 28 anos, meu ingresso na Rosacruz, AMORC.
Voltemos ainda mais ao passado, minha família católica, de formação, mas com tendências altamente espiritualistas, sempre me incentivaram nestas práticas místicas. Tenho, agora em 2013, 55 anos. Aos 13 anos já praticava a meditação numa época em que nem mesmo a TV divulgava estes trabalhos. Ainda não era moda. Os anos 60 através dos Hippies iniciaram uma cultura holística misturada às drogas e a um certo grau de permissividade comportamental que em minha analise histórica trouxeram num primeiro momento um certo preconceito em torno de técnicas alternativas naturalistas muito ligadas ao conhecimento esotérico.
Assim continuei, em minha adolescência, algo mais marcante aconteceu, deitada em sofá na sala, estava acompanhada somente por uma senhora, que há muito trabalhava conosco, quase que da família, pratica esta forma intuitiva de relaxamento acompanhada por uma música, Song for Ana, usava muito, também, Valsa das Flores e Somewhere in the Past, me imaginava banhando meus longos cabelos nas águas, passeando por entre vales indo de encontro a um lindo castelo de cristal onde uma entidade feminina de cabelos longos me recebia e entregava uma espada de lâmina azul cristalina, outras vezes era de um cristal rosa. Dançava como num balé por todos estes lugares. Em minha vida profana, inspirada por essa prática, por muitos nos participei de aulas de dança, como o new jazz que mais se aproximava do balé místico que dançava, neste meu Jardim da Alma.
Algo inesperado me fez parar por um tempo de praticar este exercício, que fazia, acreditem de forma totalmente intuitiva. Esta senhora, que ajudou em minha criação, estava no quarto de serviço passando a ferro e veio de lá assustada, me interrompeu falando desesperada, Fatinha para com isso, estou com vontade de dançar sem parar, o que você está fazendo. Dizia sentir como se eu estivesse dentro de sua cabeça, no seu jeito simples, verdadeiro e objetivo do que se passara em sua consciência.
Dei-lhe água com açúcar, me acalmei, também e, por algum período, até me sentir mais madura e começar a pesquisar sobre o assunto, não retornei a esta prática, somente, por volta de meus 18 anos, busquei esta forma de relaxar, mas tentava, pois me amedrontava, ir tão fundo.
Retornando aos meus 15 anos, e daí para frente esta senhora passou a me chamar de "minha ciganinha". Um dia, me viu jogando paciência na mesa da cozinha e me pediu: - Ciganinha jogue estas cartas para mim.
Achei uma loucura, mas não consegui negar seu pedido, quando dei por mim falava de todos os seus parentes, inclusive os que ficaram em outro estado, seu passado, seu presente e alguns conselhos futuros. Ela dizia que eu nunca errava e pelo menos a cada 2 meses, lá estávamos nós sentadas praticando a leitura dos arcanos menores.
A partir dos 18 anos passei a estudar profundamente este poderoso oráculo.
Aos 28 anos me tornei estudante Rosa-cruz, no momento, como membro de Sanctum, embora já tenha atuado por quase 7 anos em cargos de monitoria e em criações artísticas virtuais em DESIGNE 3D para os eventos da região RJ1.
O tempo passou, outros caminhos me conduziram cada vez mais para este oráculo, como estudante de misticismo, o considero 22 pilares que sustentam o conhecimento sagrado de nossos antepassados egípcios, se a história ainda não o pode provar ou negar, dentro do eu superior com o qual muitas vezes conseguimos nos comunicar, através das práticas transmitidas pelas diversas e sérias escolas de mistério, assim, nos conectamos ao que representou para o Egito, nossa terra sagrada, através deste poderoso conjunto de ideogramas, mensageiro de nosso ser interno/superior, Livro Sagrado Vivo da Nova Era.
Quanto ao papel de mestre Ástreo nestes meus estudos, quem pratica a técnica de meditação transcendental entenderá a voz que fala dentro de nosso ser. Racionalmente minha mente nunca tinha ouvido falar, minha formação mística segue a linha Rosa-cruz, e dentro de meu círculo de pessoas ilustres ninguém, na época que ingressei na Senda Iniciática Rosa-cruz, tinha conhecimento deste ser de luz, ou não quiseram me dizer. O interessante é que mesmo junto aos que buscam o autoconhecimento através do estudo dos raios cósmico, com quais tinha contato através de membros comuns aos dois estudos, na época em que sempre perguntava, sem explicar que tive este nome soprado em meu ser, não estava em evidência junto a estes estudos, ou nestes livros que me chegavam as mãos teria encontrado. Não sei explicar, tudo me negava a resposta. Esta mesma voz me falou em meu coração que quando estivesse preparada conheceria de fato o trabalho de meu mestre.
Alguns anos se passaram, eis que após um momento de profunda de meditação, onde me preparava para uma de minhas iniciações da Rosacruz meu mestre me conduziu, fui, como quase sonâmbula, até minha estante e abri um livro de dicionário místico que recentemente havia encontrado em meus guardados e lá estava a identidade de mestre ástrea revelada.
QUEM É MESTRA ÁSTREA?
MITOLOGIA GREGA:
Deusa da justiça na mitologia grega. Filha de Júpiter E TEMIS, no zodíaco corresponde ao signo de Virgem. Os seus atributos são: em uma das mão uma balança e uma folha de palmeira e na outra um molho de espigas. Viveu entre os mortais e retornou ao Olímpio quando o homem comete seu primeiro crime. Narra Ovídio: - “dentre todos os deuses, foi a última a abandonar a terra ensangüentada, virgem Ástrea". Na Grécia antiga uma escola que pregava a pureza tinha Deusa Ástrea como sua guia espiritual.
Nos estudos da Grande Fraternidade Branca é tida como a Mãe Estelar acompanhada pela Chama Pureza, são os Elohim do 4º Raio de Deus. Suas cores são azul e branco revestida de dourado.
Liberta-nos de demônios, desencarnados que não alcançaram a luz com pendências que estejam prendendo seus corpos inferiores e os torna energia negativa rondando seres que estejam momentaneamente abertos para canalizar esta negatividade. Este tipo de desarmonia pode ser provocada por nós, seres encarnados, sempre que estivermos passando por desequilíbrios emocionais atraímos estas manifestações negativas, inclusive a magia negra. Mestre Ástrea nos protege e orienta nos ajudando a readquir o equilíbrio, nos energizando positivamente para que estes contrários possam ser afastados para as profundezas do Lago da Purificação.
Sempre que invocada, somos inspirados por comandos de luz que nos cobrem com sua armadura azul, branca e dourada. Transmuta nossos momentos de desarmonia em vivências de amor e fraterno e vitória sobre as forças negativas.
Porque considerei mestra ástrea fundamental como mentor de meus trabalhos místicos? Qual sua importância em meus trabalhos como taróloga?
Sendo misticamente filha da justiça e tendo a pureza como escola de mistério na Grécia antiga ligada a sua divindade, não o sentido moral de pureza, mas a busca dos verdadeiros e nobres sentimentos, e sendo o tarô muito mais que um oráculo de previsões, mas um verdadeiro orientador em nossa busca pela harmonia e paz interior que só nos pode trazer prosperidade. Acredito que não teria melhor fonte de inspiração em meu caminho, em minha missão.
Todo um trabalho de criação, toda uma busca para encontrar as palavras certas para definição de cada carta foram inspiradas por meu mestre interno. Minha linha de conduta esotérica deve seguir os princípios que a divindade da pureza inspirar em meu coração.
Quem sabe, enquanto lia esta minha pequena cronica que traça a rota de meu despertar, em algum momento, meu despertar provocou ou se conectou ao seu despertar.
Assim seja!!!
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